Um suposto líder da gangue Mara Salvatrucha (MS-13) de El Salvador, Carlos Antonio Pérez Nieto, foi detido no México, anunciou, nesta segunda-feira (11), o ministro salvadorenho da Justiça e Segurança, Gustavo Villatoro.
"Acertamos outro duro golpe nas estruturas terroristas, caiu nas mãos da justiça a 12ª cadeira da estrutura da MS13 [...] Carlos Antonio Pérez Nieto", escreveu Villatoro na rede X (antigo Twitter).
Apelidado de "Lola City Paraíso" ou "Diablito", ele "se escondia no México, de onde comandava crimes" em El Salvador, acrescentou.
As autoridades mexicanas não informaram sobre a prisão do salvadorenho.
Villatoro disse que Pérez Nieto foi preso graças "ao trabalho de inteligência e investigação" da polícia salvadorenha em "coordenação com as autoridades" mexicanas, insinuando que será entregue a El Salvador.
Ele foi detido juntamente com outros três supostos membros da gangue, aparentemente também salvadorenhos, e "no procedimento tiveram apreendidas armas e porções de droga", segundo o ministro.
"Contam com um amplo registro criminal pelos crimes de: associação criminosa, homicídio com agravante, posse e porte de drogas; portanto, vamos nos encarregar de que paguem com anos na prisão e não voltem a sair à rua", advertiu Villatoro.
Em resposta a uma escalada de 87 homicídios em um fim de semana, atribuído às gangues em março de 2022, o presidente Nayib Bukele lançou uma "guerra" contra estas quadrilhas, apoiado em um regime de exceção, que é questionado pelas organizações de defesa dos direitos humanos.
A medida levou à detenção de 74.000 supostos membros de gangues, dos quais mais de 7.000 já foram libertados, segundo o governo.
De acordo com pesquisas de opinião, nove em cada dez salvadorenhos se sentem seguros com o regime de exceção, o que elevou a popularidade de Bukele, que busca a reeleição nas eleições de fevereiro. Desde este mês, o presidente está licenciado para poder se candidatar.
* AFP