O braço armado do movimento terrorista palestino Hamas indicou neste sábado (25) que está atrasando a libertação do segundo grupo de reféns e alega que Israel não respeitou o acordo que entrou em vigor no dia anterior.
As brigadas Ezzedine al Qassam pedem especialmente "a entrada de caminhões de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza" e o respeito aos "critérios de seleção" para a libertação dos presos palestinos, indicaram em um comunicado.
Uma fonte do Hamas disse à AFP que a entrega de 14 reféns à Cruz Vermelha tinha começado, mas afirmou posteriormente que o processo de transferência havia sido interrompido. As autoridades israelenses afirmaram para a agência que os reféns ainda não haviam sido entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
— Israel não violou o acordo — garantiu uma fonte israelense à AFP.
Na sexta-feira (24), um primeiro grupo de 24 reféns, 13 deles israelenses, foi libertado, em troca da libertação de 39 prisioneiros palestinos.
Neste sábado, o processo foi marcado por dificuldades.
— Depois que o segundo grupo de reféns foi entregue ao CICV, o comboio foi parado em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, e não conseguiu partir para Rafah, a passagem fronteiriça com o Egito — informou à AFP uma fonte próxima ao Hamas.
O acordo, alcançado após várias semanas de negociações entre Israel e o movimento palestino, prevê a libertação de 50 reféns pelo Hamas e de 150 palestinos detidos em prisões israelenses durante quatro dias.
Inclui também uma trégua nos combates na Faixa de Gaza e a entrada diária de ajuda humanitária no território palestino.