Autoridades brasileiras esperam retirar nos próximos dias o grupo de cerca de 30 brasileiros retidos na Faixa de Gaza em meio a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Um acordo entre Egito, Israel e o Hamas permitiu a saída de mais de um grupo de estrangeiros de Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca, além de trabalhadores de entidades humanitárias.
Segundo fontes do Itamaraty, novas listas devem ser publicadas nos próximos dias e espera-se que os brasileiros possam estar nelas. O grupo de pessoas com nacionalidade do Brasil está desde o mês passado em casas alugadas pelo Itamaraty em Rafah e Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, à espera de uma definição na fronteira, fechada desde o início da guerra.
O governo brasileiro tem feito apelos aos governos de Israel e do Egito para que os brasileiros possam ser retirados de Gaza. Um avião do governo está no Cairo à espera de uma sinalização das autoridades locais.
"Luz no fim do túnel"
O Egito controla a única fronteira de Gaza que não tem limite com Israel, mas o posto de Rafah é submetido a rigorosos controles alfandegários e de pessoas. Após os atentados terroristas do Hamas no dia 7, o posto foi fechado e ninguém podia sair ou entrar no território palestino.
No fim de semana, após um acordo negociado com a ajuda do Catar e dos Estados Unidos, o posto foi aberto para a entrada de ajuda humanitária. Nesta quarta (1º), além da saída de estrangeiros, ambulâncias também recolheram feridos em Gaza.
À rádio CBN, o embaixador brasileiro no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, disse que brasileiros devem deixar a Faixa de Gaza em até dois dias. Segundo o embaixador, um ônibus, medicamentos e alimentos já estão preparados para o transporte do grupo ao Egito, onde um avião da FAB aguarda para levá-los de volta ao Brasil.
— Temos, agora, uma luz no fim do túnel — disse Neto.