Uma escola religiosa judaica na cidade canadense de Montreal, que já havia sido alvo de disparos esta semana, voltou a ser atacada neste domingo (12), informou a polícia municipal, em um contexto de tensões ligadas ao atual conflito no Oriente Médio.
"Por volta das 5h locais [7h em Brasília], foram recebidas várias chamadas no 911 [telefone de emergência] sobre tiros ouvidos por cidadãos", disse a porta-voz da polícia, Véronique Dubuc, sobre o incidente nessa cidade da província francófona de Québec.
Ao chegarem ao local, os agentes constataram o impacto de "projéteis na fachada" da instituição. Também foram encontrados cartuchos de bala no chão, acrescentou a mesma fonte.
De acordo com as autoridades ouvidas pela AFP, "ninguém" estava dentro da escola no momento do ataque.
Testemunhas disseram ter visto um veículo fugindo "rapidamente", após os disparos.
Esse estabelecimento é uma das duas escolas judaicas de Montreal que foram alvo de tiros na noite de quinta-feira, causando comoção em Québec.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, o premiê de Québec, François Legault, e a prefeita de Montreal, Valérie Plante, condenaram o ato de violência e pediram calma à população.
Também na metrópole de Québec, na semana passada, dois coquetéis molotov foram lançados contra uma sinagoga, danificando levemente o prédio, sem deixar feridos.
Na Universidade de Concórdia, dois grupos de estudantes que se autodenominavam pró-Israel, e outro, pró-palestinos, entraram em confronto na quarta-feira, deixando três feridos, segundo a instituição. A polícia prendeu uma mulher por "agressão física".
Esse novo ataque a uma escola judaica em Québec ocorre em um momento em que muitos países em todo o mundo, particularmente na Europa, enfrentam um aumento dos atos antissemitas desde a eclosão da guerra entre Israel e Hamas, em 7 de outubro.
Nesse dia, o movimento islamista palestino Hamas lançou um ataque surpresa a Israel, matando 1.200 pessoas, a maioria delas civis. Israel lançou uma maciça resposta, com bombardeios contínuos em Gaza, matando 11.000 pessoas, a maioria civis e incluindo mais de 4.500 crianças, segundo o Ministério da Saúde dessa área controlada pelo grupo islâmico.
* AFP