Pelo menos 70 pessoas morreram nas enchentes no Quênia, onde milhares de pessoas também foram forçadas a abandonar as suas casas, declarou neste sábado (25) o presidente William Ruto, qualificando a situação de "emergência".
O Quênia e os seus países vizinhos, Somália e Etiópia, que acabam de sair da pior seca das últimas quatro décadas, enfrentam agora inundações devastadoras causadas por chuvas ligadas ao fenômeno climático El Niño.
Ruto indicou que o gabinete realizará uma reunião de emergência na segunda-feira para discutir a gestão da crise.
"Infelizmente, perdemos 70 pessoas em todo o Quênia devido a estas chuvas e cerca de 36.160 famílias foram deslocadas até agora", explicou.
"O Quênia já está encharcado", disse ele, acrescentando que o Departamento Meteorológico prevê mais chuvas, aumentando o risco de novas inundações.
"Portanto, devemos nos preparar para a situação de emergência que ocorrerá", disse ele.
Muitas estradas, especialmente no norte do país, foram destruídas, disse o presidente, deixando caminhões que transportavam alimentos, medicamentos e combustível retidos.
Ruto também indicou que o exército foi chamado para transportar suprimentos por via aérea para comunidades isoladas.
O presidente foi amplamente criticado depois de ter dito no mês passado que o país do leste da África não sofreria chuvas do El Niño, apenas chuvas fortes que "não seriam destrutivas".
* AFP