Após duas horas e meia, a reunião do Conselho de Segurança da ONU para tratar sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, convocada pelo Brasil nesta sexta-feira (13), terminou sem acordo. As informações foram divulgadas pelo canal de TV por assinatura GloboNews. O encontro, que foi convocado pelo Brasil para esta tarde, aconteceu em Nova York e foi conduzido pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
— O Brasil acredita que o Conselho deveria agir frente a uma escalada quase sem precedentes, uma situação de crise, uma catástrofe humanitária. Nem os israelenses nem os palestinos deveriam passar por sofrimentos semelhantes a esses. Vim trazer o apelo do presidente Lula por uma ação multilateral urgente — declarou Vieira em pronunciamento.
Vieira destacou que o Brasil defende a liberação imediata dos reféns do Hamas e a adoção de um corredor humanitário na Faixa de Gaza.
— A reputação do Conselho de Segurança depende de como ela vai cuidar da crise que está acontecendo. Os olhos do mundo estão sobre Nova York. O Brasil está acompanhando a situação com tristeza e preocupação — completou.
É a segunda reunião do Conselho de Segurança da ONU em menos de uma semana, após ter sido deflagrado o conflito entre Hamas e Israel, no último sábado. As negociações sobre o texto da resolução devem continuar. Vieira se reuniu com o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, na noite desta sexta-feira (13)
Na pauta do evento estava a situação humanitária na Faixa de Gaza, ameaças à segurança e à paz mundial, além de desdobramentos do conflito no Oriente Médio.
O Brasil preside o conselho de segurança no mês de outubro. Na primeira reunião, um dia após o início da guerra, o país condenou os ataques contra civis.
Mais cedo, a ONU divulgou que a crise humanitária chegou a "um novo nível perigoso", depois que Israel alertou os cidadãos palestinos de que eles deveriam sair do norte de Gaza. Stephanie Dujarric, porta-voz das Nações Unidas, declarou que o secretário-geral está trabalhando "ao telefone" desde quinta-feira à noite.
— Ele tem estado em contato constante com as autoridades israelitas, instando-as a evitar uma catástrofe humanitária — afirmou Dujarric.