Durante a manhã deste sábado (7), Israel sofreu um ataque surpresa, com bombardeios e ação de homens armados. O ato já é classificado como um dos mais intensos enfrentados pelo país.
O movimento islâmico armado Hamas assumiu a responsabilidade pelo ataque, declarando-o como o ponto de partida para uma extensa operação. O ministério da Saúde de Israel confirma pelo menos 100 mortos no país e mais de 770 feridos até a última atualização desta reportagem. Entre as vítimas está o chefe do Conselho Regional de Shaar HaNegev, no país israelense.
Já o Ministério da Saúde do Hamas cita ao menos 198 mortos e 1.610 feridos em Gaza. Com isso, o número de vítimas do conflito chega a 298.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em resposta, anunciou que o país lançou a operação "Espadas de Ferro" e está em estado de guerra:
— O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu.
Diante da situação, Israel convocou um grande contingente de reservistas, enquanto o primeiro-ministro instou os cidadãos a obedecerem estritamente às diretrizes de segurança.
Um líder militar do Hamas anunciou que cerca de 5 mil foguetes foram disparados. Sirenes de alerta de bombardeios soaram em diversas regiões do país, incluindo Jerusalém.
O Exército israelense informou o disparo de pelo menos 2,2 mil foguetes de Gaza até as 10h30, horário local.
Relatórios indicam danos a edifícios em Tel Aviv e outras cidades. Mohammad Deif, comandante do Hamas, descreveu o evento como "o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação".
As autoridades israelenses confirmaram a morte de pelo menos uma mulher durante um ataque com foguete e relataram confrontos em Sderot, no sul do país, onde homens armados atiraram contra pedestres.
O exército emitiu comunicado afirmando que vários terroristas haviam se infiltrado em território israelense a partir da Faixa de Gaza e pediu às pessoas que vivem próximas à região que permaneçam em suas casas.
A mídia palestina relatou que combatentes do Hamas fizeram prisioneiros israelenses, enquanto o grupo Jihad Islâmica Palestina anunciou que seus combatentes se juntariam ao Hamas no ataque.
Protestos na fronteira
Israel mantém um duro bloqueio contra a Faixa de Gaza, um território palestino empobrecido e sobrepovoado, desde que o Hamas assumiu o poder total em 2007. Desde então, houve várias guerras devastadoras entre combatentes palestinos e forças israelenses.
Os dois lados viveram tensões em setembro, quando Israel fechou a fronteira aos trabalhadores palestinos durante duas semanas. Essa decisão foi criticada como uma punição coletiva que prejudicou milhares de trabalhadores palestinos, que podem ganhar mais dinheiro trabalhando em Israel do que em Gaza, onde o desemprego é muito alto.