Um homem armado com uma faca matou um professor e feriu gravemente outras duas pessoas nesta sexta-feira (13), em uma escola de ensino médio em Arras, no norte da França.
O suspeito das agressões foi detido após o ataque. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram um homem jovem, vestido com calças pretas e casaco cinza, brigando com vários adultos no pátio da escola.
O suspeito de ser o autor do ataque é de origem chechena, e já estava fichado pelas autoridades no registro de segurança nacional. Ainda conforme as primeiras informações policiais, seu irmão também foi detido perto de outra escola, mas sem armas.
Nenhum aluno ficou ferido. Os outros dois feridos são um agente de segurança, que recebeu várias facadas, e um professor, segundo fontes.
A Promotoria Antiterrorista (Pnat) anunciou a abertura de uma investigação por homicídio e tentativa de homicídios, entre outras acusações. Os alunos e funcionários do colégio foram confinados na instituição, acrescentou a polícia.
Um professor de filosofia que presenciou o ataque, Martin Dousseau, descreveu um movimento de pânico durante um intervalo entre as aulas, quando os alunos se viram cara a cara com o agressor.
— Quis descer para intervir. Ele se virou para mim, me perseguiu e me perguntou se eu era professor de Geografia e História — contou, acrescentando que a vítima era um professor de francês.
O presidente francês, Emmanuel Macron, viaja nesta sexta-feira para Arras, assim como o ministro da Educação, Gabriel Attal.
Esses fatos ocorrem quase três anos após o assassinato, em 16 de outubro de 2020, em Conflants-Sainte-Honorine, a noroeste de Paris, do professor Samuel Paty. Abdoullakh Anzorov, um russo de origem chechena, esfaqueou-o e decapitou-o por ter mostrado charges de Maomé nas aulas durante um curso sobre liberdade de expressão.