Milhares de pessoas marcharam, neste domingo (18), na Place de la Republique de Paris, em memória de Samuel Paty, o professor de história decapitado na região parisiense na sexta-feira (16).
Levando cartazes com frases como "Não ao totalitarismo do pensamento" e "Sou professor", a multidão homenageia esse professor assassinado, após mostrar charges do profeta Maomé em sala de aula. Gritos como "Sou Samuel!" e "Liberdade de expressão, liberdade de ensino!" acompanharam a passeata em meio a longos aplausos.
Também compareceram ao ato o primeiro-ministro Jean Castex; a prefeita de Paris, Anne Hidalgo; a presidente da região de Paris, Valérie Pécresse; e o chefe do partido Insubmissos, Jean-Luc Mélenchon.
Ao redor da estátua da Place de la Republique, que continuava a encher de gente, alguns agitavam bandeiras francesas, e outros, cartazes que diziam "Está escuro no país das Luzes".
Samuel Paty era professor de história e mostrou aos alunos caricaturas de Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão. O suspeito pelo ataque foi morto pela polícia e teria gritado "Alá é grande" antes de ser abatido. Ele atacou o professor cerca de 200 metros da instituição.
O assassinato ocorre três semanas após um ataque a faca na capital francesa perto da antiga sede da revista Charlie Hebdo, que publicou essas charges. A Procuradoria Nacional Antiterrorista abriu uma investigação por "assassinato em conexão com uma empreitada terrorista" e "associação criminosa terrorista".