Parte dos brasileiros que estão na Faixa de Gaza será abrigada em uma escola católica da região nesta quinta-feira (12), informou o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, na noite desta quarta-feira (11). Israel foi informado para que o local não seja alvo da ofensiva contra o Hamas.
Israel bombardeia Gaza desde o fim de semana, em resposta ao ataque feito pelo grupo terrorista ao território israelense.
Segundo Candeas, há ainda outros brasileiros na área que preferiram aguardar em casa até o governo concluir negociações para trazer todo o grupo de volta ao Brasil. As informações são do g1.
— A fim de reuni-los e protegê-los, estamos hospedando 13 integrantes do grupo de brasileiros em uma escola católica: Sister Rosary School. Os restantes 15 preferiram aguardar em suas casas. Informaremos Israel deste fato, a fim de que o local não seja bombardeado — disse o embaixador.
Mais cedo, o embaixador disse que 28 brasileiros que estão em Gaza manifestaram o desejo de voltar ao Brasil. Desses, 15 são crianças.
O governo brasileiro tenta retirar essas pessoas pela fronteira com o Egito, de ônibus. O grupo ainda precisaria, em território egípcio, percorrer um trajeto até Cairo, onde pegaria um avião para o Brasil. No entanto, segundo Candeas, o Egito não quer autorizar a passagem do grupo por seu território, porque teme que os brasileiros se tornem refugiados no país.
Corredor humanitário bem-recebido na ONU
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou também nesta quarta-feira que a proposta do governo brasileiro para a criação de um corredor humanitário ligando a Faixa de Gaza ao Egito para a retirada de pessoas e entrada de mantimentos foi bem recebida pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres.
"O presidente Lula lançou a ideia, disse da importância de evacuar crianças, idosos, pessoas com deficiência, evidentemente pensando em brasileiros e nas outras nacionalidades. O próprio secretário-geral Antonio Guterres entrou em contato para dizer que era o caminho certo", afirmou o ministro em entrevista à GloboNews na noite desta quinta-feira (11).