O Exército sudanês acusou nesta quarta-feira (14) os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR) de terem sequestrado e assassinado o governador regional de Darfur Ocidental, um dos cenários do conflito que eclodiu há dois meses entre dois generais rivais.
"As Forças Armadas condenam nos termos mais fortes o ato traiçoeiro das rebeldes Forças de Apoio Rápido, sequestrando e assassinando o governador do estado de Darfur Ocidental", declarou o exército em um comunicado no Facebook.
Isso acrescenta "um novo capítulo ao seu histórico de crimes bárbaros que tem cometido contra o povo sudanês", acrescentou o texto.
Desde 15 de abril, a guerra entre o exército do general Abdel Fatah al Burhan e os paramilitares do general Mohamed Hamdan Daglo deixou mais de 1.800 mortes, segundo a ONG Acled.
Ambos os generais se aliaram no golpe de 2021 que derrubou os civis com quem compartilhavam o poder após a queda da ditadura de Omar al Bashir em 2019, mas depois se tornaram inimigos devido a divergências sobre a integração das FAR ao exército regular.
Os combates estão concentrados principalmente na capital, Cartum, e na região de Darfur, onde milícias locais, guerreiros tribais e civis armados se juntaram aos confrontos.
* AFP