O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, admitiu pela primeira vez nesta sexta-feira (10) que os trabalhos de resgate às vítimas do terremoto desta semana no Oriente Médio foram menos eficientes do que o governo esperava.
— Haviam tantos prédios danificados que, infelizmente, não conseguimos acelerar nossas intervenções como gostaríamos — disse Erdogan, durante uma visita à cidade de Adiyaman, uma das mais afetadas na Turquia.
Erdogan relatou algumas "deficiências" na resposta do governo durante a semana, mas, nesta sexta-feira (10), argumentou, de forma mais direta, que sua equipe poderia ter atuado de maneira mais rápida.
O presidente é criticado pelo envio de um número insuficiente de equipes de resgate e de pouca ajuda humanitária após o maior desastre que o país enfrenta em quase um século.
Política
No entanto, Erdogan também respondeu às opiniões negativas, referindo-se às cruciais eleições gerais de 14 de maio, denunciando que "oportunistas querem transformar dor em ganhos políticos".
Até o momento, o tremor de magnitude 7,8 da última segunda-feira (6) deixou pelo menos 22 mil mortos na Turquia e na Síria, sendo 19 mil no território turco.