O ex-primeiro-ministro paquistanês Imran Khan recebeu alta do hospital neste domingo (6), três dias após sofrer uma tentativa de assassinato que o deixou com ferimentos de bala nas pernas, informou um de seus assessores.
Segundo o ex-primeiro-ministro, o ataque foi promovido pelo seu sucessor, Shehbaz Sharif.
Os disparos aumentaram a tensão política no país, em níveis altos desde a saída de Khan do poder devido uma moção de censura em abril.
O ex-ministro da Informação, Fawad Chaudhry, declarou à AFP que Khan já deixou o hospital.
A televisão local exibiu imagens do político em uma cadeira de rodas na saída da clínica de Lahore, vestido com uma blusa azul do hospital.
Imran Khan, de 70 anos, falava a seus apoiadores na quinta-feira (3) em Wazirabad, 170 quilômetros ao leste da capital, quando um indivíduo disparou em sua direção.
Um homem foi preso após o ataque. Segundo autoridades do governo, o autor agiu sozinho e é um "caso muito claro de extremismo religioso".
Khan assegurou na sexta-feira (4) que o atual chefe de governo planejou o ataque junto com o ministro do Interior, Rana Sanulah, e um alto funcionário das Forças Armadas.
"Aqueles três homens decidiram me matar", declarou Khan, do hospital de Lahore, onde repousava. O ex-líder também indicou o envolvimento de dois atiradores no ataque.
O governo e os militares negaram qualquer envolvimento e qualificaram essas acusações como "mentiras". Eles ameaçam processar Khan por difamação.
* AFP