Uma mulher de 42 anos foi extraditada da Coreia do Sul para a Nova Zelândia, onde será apresentada na quarta-feira (30) em um tribunal para enfrentar acusações pelo assassinato de duas crianças que tiveram os corpos encontrados em malas vendidas em um leilão.
A polícia da Nova Zelândia afirmou nesta terça-feira que "três policiais viajaram à Coreia do Sul para a extradição da mulher", que chegou ao aeroporto de Auckland à tarde e foi levada para a delegacia de Manukau.
O ministério sul-coreano da Justiça afirmou que também entregou evidências importantes sobre o caso às autoridades neozelandesas.
"Esperamos que a verdade neste caso, que recebeu atenção mundial, seja revisada em um processo judicial justo e estrito na Nova Zelândia", acrescentou o ministério em um comunicado.
A mulher, uma neozelandesa de origem coreana, deve comparecer ao tribunal na quarta-feira, informou à AFP um porta-voz da polícia da Nova Zelândia. A suspeita enfrentará duas acusações de homicídio.
A polícia sul-coreana prendeu a mulher no porto de Ulsan em setembro, semanas depois do anúncio de que as autoridades neozelandesas haviam encontrado os restos mortais de duas crianças que teriam de 5 a 10 anos no momento da morte.
Imagens da imprensa local mostraram a mulher, identificada pela polícia sul-coreana com o sobrenome Lee, ao sair da delegacia de Ulsan acompanhada por policiais.
Questionada por jornalistas se confessaria que matou as crianças, ela respondeu "eu não matei", enquanto era levada para uma viatura policial.
Os corpos foram encontrados depois que uma família comprou um trailer repleto de itens, incluindo malas, em um leilão de bens abandonados na Nova Zelândia.
A polícia neozelandesa afirma que os corpos podem ter passado anos armazenados, o que dificulta a investigação.
As autoridades informaram que a família que encontrou os corpos não está envolvida nos homicídios e recebeu apoio psicológico para lidar com o trauma.
Depois de receber um pedido formal de extradição da Nova Zelândia, o ministério sul-coreano da Justiça afirmou que faria o possível para transferir a mulher "de acordo com os princípios da lei".
* AFP