Brasil e Equador concordaram em fortalecer a cooperação bilateral em segurança e defesa, por ocasião da visita a Quito do chanceler brasileiro, Carlos França, nesta segunda-feira, informou o Ministério das Relações Exteriores do Equador.
França e seu colega do Equador, Juan Carlos Holguín, "manifestaram sua intenção de aprofundar a cooperação nas áreas de segurança e defesa", assinala um comunicado ministerial conjunto.
O Equador, localizado entre a Colômbia e o Peru, maiores produtores mundiais de cocaína, enfrenta uma espiral de violência devido à guerra entre grupos ligados a cartéis estrangeiros do narcotráfico. Os confrontos acontecem nas prisões (onde massacres causaram a morte de cerca de 400 presos desde fevereiro de 2021) e nas ruas, onde o índice de homicídios chegou a 14 a cada 100.000 pessoas em 2021 e subiu para 18 a cada 100.000 até o momento em 2022.
Segundo o boletim, os dois chanceleres examinaram os temas mais relevantes da relação bilateral e assuntos de interesse regional e multilateral. França e Holguín também expressaram a importância de consolidar as relações econômicas, para o que se prevê analisar a possibilidade de negociar um acordo de livre-comércio.
Em 2021, o Equador exportou 118 milhões de dólares em produtos para o Brasil, de onde importou o equivalente a 996 milhões. Entre janeiro e agosto deste ano, as vendas equatorianas para o Brasil atingiram 77 milhões de dólares, e as compras, 810 milhões, segundo o Banco Central do país.
* AFP