O presidente da Angola, João Lourenço, tomou posse nesta quinta-feira (15) para seu segundo mandato, após sua controversa vitória eleitoral no mês passado.
Ele prometeu ser "o presidente de todos os angolanos" depois de tomar posse numa cerimônia na histórica Praça da República, no centro da capital, Luanda.
As forças de segurança estabeleceram um grande cordão de isolamento em torno do local da cerimônia que, segundo o principal partido da oposição, visou reprimir a dissidência.
Lourenço, de 68 anos, voltou ao poder depois de a eleição de 24 de agosto ter dado ao seu Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) uma pequena maioria, com 51,17% dos votos.
A eleição era para eleger o Parlamento, com o líder do maior partido ascendendo automaticamente à presidência.
Foi o resultado mais estreito já obtido pelo MPLA, que governa desde a independência de Portugal em 1975.
UNITA, um antigo movimento rebelde que travou uma amarga guerra civil de 27 anos contra o governo do MPLA, obteve ganhos significativos, conquistando 43,95% dos votos, contra 26,67% em 2017.
No seu discurso de posse, Lourenço prometeu combater o desemprego juvenil e aumentar os salários, inclusive para os militares.
Afirmando que o país dispõe de meios para sair à frente e avançar para uma "economia de mecado", Lourenlo se ocmprometeu a apoiar o setor privado e melhorar os serviços.
O país elegeu a "continuidade" e a "estabilidade" ao lhe conceder um segundo mandato, apontou, e prometeu continuar no caminho da liberalização econômica do país.
A sua nova vice-presidente, Esperança Maria da Costa, de 61 anos, professora universitária e bióloga, foi também empossada, tornando-se a primeira mulher vice-presidente de Angola.
Os partidos de oposição e grupos cívicos alegam que a votação foi marcada por irregularidades.
UNITA contestou os resultados na Justiça, mas o seu recurso foi indeferido.
* AFP