A Ucrânia deu garantias aos Estados Unidos de que não usará os novos sistemas de mísseis prometidos por Washington para atacar o território russo. A declaração foi feita pelo chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, nesta quarta-feira (1º).
— É a Rússia que está atacando a Ucrânia, não o contrário. Para ser claro, a melhor maneira de evitar a escalada é a Rússia parar a agressão e a guerra que lançou — disse o representante aos repórteres, em resposta às acusações de Moscou sobre o uso deste novo armamento dos Estados Unidos contra eles.
Em seguida, Blinken acrescentou:
— Os sistemas de armas que estamos fornecendo, os ucranianos nos deram garantias de que não usarão esses sistemas contra alvos no território russo.
O diplomático realizou a afirmação junto ao secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
O presidente americano, Joe Biden, anunciou na terça-feira (31) que vai "fornecer aos ucranianos sistemas de mísseis e munições mais avançados que lhes permitirão alcançar com maior precisão os principais alvos no campo de batalha da Ucrânia".
No entanto, para evitar um confronto direto entre Washington e Moscou, também afirmou que não pensou em fornecer à Ucrânia "os meios para alcançar alvos fora de suas fronteiras".
No entanto, o Kremlin acusou Washington nesta quarta-feira de "jogar lenha da fogueira" em meio a um intenso conflito que começou em 24 de fevereiro com a invasão da Ucrânia por tropas russas:
— Tais entregas não encorajam a liderança ucraniana a querer retomar as negociações de paz — disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov.
As autoridades russas alertaram sobre o risco de um confronto militar em Rússia e Estados Unidos por conta do envio dos armamentos do país americano à Ucrânia.