O presidente norte-americano Joe Biden assinou neste sábado (25) a Lei Bipartidária de Comunidades Seguras, que visa estabelecer a regulamentação das armas de fogo no país. A norma é considerada a mais importante no gênero em quase 30 anos.
A lei, apoiada por legisladores democratas e republicanos e aprovada pelo Congresso na sexta-feira (24), introduz novas restrições ao porte de armas e destina bilhões de dólares para saúde mental e segurança escolar.
— Embora essa lei não cubra tudo o que eu quero, ela inclui medidas que venho pedindo há muito tempo e que salvarão vidas — disse o presidente na Casa Branca, antes de voar para Israel e Europa.
O texto visa fortalecer a verificação de antecedentes criminais e psicológicos para compradores de armas de 18 a 21 anos. Também estabelece um melhor controle da venda ilegal de armas e o financiamento de programas dedicados à saúde mental.
Biden também pretendia proibir fuzis de assalto. Referindo-se à dificuldade de aprovar a legislação sobre um assunto tão delicado em um Congresso dividido, o presidente chamou a nova legislação de "monumental".
Crimes por armas de fogo
A iniciativa parlamentar foi lançada após dois massacres ocorridos em maio. O primeiro aconteceu em uma escola primária em Uvalde, no Texas, e deixou 21 pessoas mortas, incluindo 19 crianças. O outro foi em um supermercado em Buffalo, no Estado de Nova York, em que 10 pessoas negras foram mortas.
De acordo com Biden, o pedido das vítimas era "faça alguma coisa, droga, faça alguma coisa".
— Bem, hoje fizemos alguma coisa. Sei que ainda há muito trabalho a fazer e nunca vou desistir — acrescentou o presidente.