Pelo menos seis superiates ligados a oligarcas russos desapareceram da área de rastreamento oceânico desde as sanções impostas pelo Reino Unido, devido à invasão na Ucrânia. As informações foram divulgadas pelo Observer, associado ao The Guardian, neste sábado (28).
Um desses superiates, no entanto, foi visto por turistas na última semana, ancorado na costa do Caribe. O Alfa Nero, que custa aproximadamente 95 milhões de libras e está ligado ao bilionário russo Andrey Guryev, que fez fortuna com sua empresa de fertilizantes, havia sumido dos mapas globais de rastreamento usados para localizar o tráfego marítimo.
De acordo com o Observer, o aparecimento do veículo indica um movimento de "ficar às escuras" para não se prejudicar pelas sanções impostas contra a Rússia. Os proprietários teriam percebido que correm o risco de se tornarem alvos de uma caçada global pelos ativos dos super-ricos do país.
Analistas relataram ao jornal britânico que houve um aumento de iates ligados à Rússia que estão desligando o equipamento do sistema de identificação automática (AIS) usado para rastrear grandes embarcações. O sistema pode ser desligado por motivos legítimos, mas especialistas acreditam que algumas embarcações querem evitar a detecção.
Ao menos 13 superiates já foram apreendidos desde a invasão russa na Ucrânia, mas em outros países, como França e Fiji. Neste segundo caso, o Amadea, avaliado em quase 2 bilhões de libras, supostamente ligado ao bilionário Suleiman Kerimov, foi apreendido pelos Estados Unidos.