Um tribunal militar russo da região de Kabardia-Balkaria, no sul do país, confirmou a demissão de 115 militares que rejeitaram participar da ofensiva lançada pela Rússia na Ucrânia.
Este parece ser o primeiro caso confirmado oficialmente de soldados russos que se negaram a participar da operação, que começou em 24 de fevereiro.
O tribunal concluiu, segundo um comunicado publicado na quarta-feira (25), que os militares se negaram "arbitrariamente a cumprir uma missão oficial".
A Corte disse ainda que examinou os "documentos necessários" e interrogou os responsáveis da Guarda Nacional, uma força de segurança interna. A Guarda participa também de operações na Ucrânia, mas é diferente do Exército russo.
A audiência aconteceu a portas fechadas para não revelar "segredos militares", acrescentou o tribunal, que não informou onde os soldados foram sancionados na Rússia.
O serviço de imprensa do tribunal, citado pela agência de notícias Interfax, indicou nesta quinta-feira (26) que os militares eram membros da Guarda Nacional que rejeitaram realizar uma missão relacionada com a "operação especial" da Rússia na Ucrânia.