Cerca de 50 civis foram mortos na quarta-feira em um ataque realizado por supostos extremistas islâmicos no leste de Burkina Faso, informou nesta quinta-feira (26) o coronel Hubert Yameogo, governador da região onde ocorreu o massacre.
De acordo com um comunicado enviado pelo governador à AFP, "indivíduos armados não identificados visaram" moradores que tentavam fugir da cidade de Madjoari, sobre a qual os jihadistas impuseram um bloqueio, com um "saldo provisório de cerca de cinquenta mortos".
Como outras comunas do norte e leste de Burkina, Madjoari foi bloqueada pelos jihadistas que atacam essas regiões.
Privados de suprimentos, seus habitantes tentam fugir desde a semana passada, disseram vários deles contatados pela AFP de Ouagadougou.
A "população foi interceptada e executada pelos terroristas" e "todas as vítimas são homens", assegurou um dos seus habitantes.
O governador da região leste assegurou que "estão sendo realizadas ações para garantir a segurança".
Este ataque segue outros recentemente registrados em Madjoari contra soldados e civis. Em 19 de maio, o destacamento militar foi atacado, deixando 11 soldados mortos e vinte feridos. Cinco dias antes, um ataque contra a população civil causou 17 mortes e sete feridos.
Burkina Faso, principalmente o norte e o leste, tem sido alvo de ataques jihadistas desde 2015 por movimentos afiliados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico, causando mais de 2.000 mortes e 1,8 milhão de deslocados.
* AFP