O primeiro-ministro paquistanês Shehbaz Sharif nomeou, nesta terça-feira (19), um governo distribuindo as principais pastas entre os dois principais partidos membros da coalizão que derrubou seu antecessor Imran Khan.
A maioria dos cargos corresponde ao partido de Sharif, a Liga Muçulmana do Paquistão (PML N), e ao Partido do Povo do Paquistão (PPP).
Esses dois partidos rivais dominaram a vida política nacional durante décadas, antes de se associarem com outros partidos pequenos para derrubar Khan em 10 de abril graças a uma moção de censura.
No entanto, a vida deste governo pode ser muito curta.
Deputados do partido Paquistão Tehreek de Khan e do Insaf (PTI, Movimento de Justiça do Paquistão) renunciaram à Assembleia Nacional e o ex-astro do críquete prometeu levar a luta por eleições antecipadas para as ruas.
Shehbaz Sharif, irmão mais novo de Nawaz Sharif, que foi três vezes primeiro-ministro, não anunciou nesta terça-feira o nome de seu ministro das Relações Exteriores. No entanto, o herdeiro da dinastia que governa o PPP, Bilawal Zardari Bhutto, aparece como favorito.
O filho da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em 2007, e do ex-presidente Asif Ali Zardari, se tornaria, aos 33 anos, um dos ministros das Relações Exteriores mais jovens do mundo.
A pasta da Economia foi para Miftah Ismail, cargo que ocupou brevemente em 2018, depois de ter trabalhado como assessor econômico de Nawaz Sharif durante seu último mandato como primeiro-ministro, entre 2013 e 2017.
Herda uma economia em plena recessão, com uma alta inflação, uma rúpia fraca e uma dívida que não para de crescer.
Por sua vez, o novo ministro do Interior, Rana Sanaullah, enfrentará a degradação da segurança, com a multiplicação dos ataques dirigidos pelo Tehreek e Talk Paquistão (TTP), os talibãs paquistaneses.
* AFP