Um grupo separatista balúchi ameaçou, nesta quarta-feira (27), cometer novos atentados contra interesses da China no Paquistão, um dia após ter reivindicado a autoria de um atentado em Karachi (sul), em que três chineses morreram.
Três professores e seu motorista paquistanês morreram na terça-feira (26), quando uma mulher-bomba se explodiu em frente ao veículo em que os quatro estavam, na entrada do Instituto cultural chinês Confúcio, no campus da Universidade de Karachi.
O Exército de Libertação do Baluchistão, que é um dos grupos que exigem a independência desta grande província do sudeste do Paquistão na fronteira com Afeganistão e com Irã, reivindicou o atentado suicida.
Centenas de combatentes, homens e mulheres, "estão dispostos a realizar ataques mortais em todo Baluchistão e Paquistão", disse hoje o porta-voz do Exército de Libertação do Baluchistão, Jeeyand Baloch, em um comunicado.
Ele advertiu Pequim sobre o risco de ataques "ainda mais duros", a menos que a China ponha fim a seus "projetos de exploração" mineira no Baluchistão e "à ocupação do Estado paquistanês".
Nessa província paquistanesa, a China está envolvida em importantes projetos de infraestrutura, no âmbito de sua iniciativa "Nova Rota da Seda".
Os separatistas manifestam sua insatisfação com os projetos de mineração e energia há tempos, afirmando que a população local não recebe os lucros e é expulsa de sua terra.
O Instituto Confúcio faz parte de uma rede de programas culturais e educativos que a China opera no mundo todo.
* AFP