Bilawal Bhutto Zardari, filho da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em 2007, foi oficialmente nomeado nesta quarta-feira (26) ministro das Relações Exteriores do novo governo do Paquistão, liderado por Shehbaz Sharif.
Filho do ex-presidente Asif Ali Zardari, e neto do ex-primeiro-ministro Zulfikar Ali Bhutto (executado em 1979), Bilawal Bhutto se torna, aos 33 anos, um dos chanceleres mais jovens do mundo.
Bhutto afirmou no Twitter ser uma "honra" assumir o cargo.
"Junto com o PPP (Partido Popular do Paquistão), seremos parte da restauração da democracia, com reformas eleitorais, lutando por uma economia mais justa, e promovendo o Paquistão no cenário internacional", completou.
Em sua primeira viagem oficial, Bhutto acompanhará o primeiro-ministro Sharif à Arábia Saudita, um importante parceiro comercial do Paquistão.
Shehbaz Sharif, do partido Liga Muçulmana do Paquistão (PML N), assumiu o governo após uma moção de censura contra o primeiro-ministro Imran Khan, em 10 de abril, apoiada pelo partido de Bhutto, o PPP.
Os dois partidos rivais dominaram a vida política nacional durante décadas, antes de se unirem a outros partidos menores para derrubar Khan.
Bhutto, que ocupará o mesmo cargo que seu avô desempenhou na década de 1960, terá que administrar uma pasta complicada, focada em reparar as relações com os Estados Unidos, que Khan acusou de ter conspirado para acabar com seu governo.
Formado na Universidade de Oxford, no Reino Unido, Bhutto é visto como progressista, como sua mãe, Benazir, e muitas vezes se pronunciou a favor dos direitos das mulheres e das minorias.
Midiático e carismático, Bhutto é popular entre os jovens no Paquistão (onde metade da população tem menos de 22 anos), embora seja ridicularizado por seu fraco domínio do urdu, a língua nacional.
* AFP