Os Estados Unidos alertaram nesta terça-feira (27) para tentativas de "escalada de tensões" após uma série de explosões na região separatista moldava pró-russa da Transnístria, fronteiriça com a Ucrânia.
— Continuamos preocupados com qualquer tentativa potencial de escalada de tensões — disse a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, sem atribuir a autoria das explosões a Moscou.
— Não sabemos todos os detalhes — acrescentou Price. — Reiteramos o apelo à calma do governo moldavo em resposta a esses incidentes e apoiamos plenamente a integridade territorial e a soberania da Moldávia.
Transnístria se separou da Moldávia após uma breve guerra civil em 1992, depois do desmembramento da União Soviética, da qual tanto Moldávia como Ucrânia faziam parte.
A região separatista, de aproximadamente 500 mil habitantes, tem sua própria moeda, mas é extremamente dependente da Rússia, que fornece gratuitamente gás e tem 1,5 mil militares mobilizados neste território.
As explosões recentes tiveram como alvo o ministério de Segurança do Estado, uma torre de rádio e uma unidade militar e ocorreram dias depois que um comandante russo afirmou que os habitantes da Moldávia que falam russo estavam sendo oprimidos.
Essas declarações geraram preocupação na Moldávia, já que Moscou disse o mesmo depois de invadir a Ucrânia em 24 de fevereiro.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, viajou para Moldávia pouco depois da invasão da Ucrânia como parte de uma demonstração de apoio, tanto à soberania do país como aos seus esforços para acolher os refugiados.