Antes do atentado russo nesta quarta-feira (9) ao hospital pediátrico de Mariupol (leste), outras duas maternidades foram destruídas por bombas na Ucrânia, informou o chefe do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no país, Jaime Nadal.
— Mariupol não é a única. Em Zhytomyr (noroeste), a maternidade foi totalmente destruída. Em Saltivsky, na cidade de Kharkiv (nordeste), a maternidade também foi destruída — disse o funcionário em entrevista em vídeo a jornalistas na ONU, em Nova York.
Ele não soube especificar a origem dos bombardeios ou se causaram vítimas. Existem "69 maternidades e centros pré-natais" na Ucrânia, acrescentou.
Nadal disse que, de acordo com o UNFPA, "cerca de 80 mil mulheres grávidas vão dar à luz na Ucrânia nos próximos três meses".
No total, cerca de 240 mil mulheres ficaram grávidas na Ucrânia e, entre 24 de fevereiro, data do início da invasão russa do país, e 7 de março, 4.311 deram à luz, disse.
Em Mariupol, o bombardeio russo contra o hospital pediátrico deixou três mortos, incluindo uma menina, segundo o município desta cidade portuária. O balanço anterior publicado na quarta-feira pelas autoridades falava em 17 feridos.
O ataque a este hospital provocou a indignação das autoridades ucranianas e ocidentais.