O Kremlin afirmou, nesta terça-feira (1º), que é prematuro "avaliar" as conversas com a Ucrânia para o fim do conflito, deflagrado pela invasão russa ao país vizinho na última quinta-feira (24).
O porta-voz do governo, Dmitri Peskov, disse que o presidente Vladimir Putin foi informado das negociações, mas que é muito cedo para "avaliar" o resultado do diálogo em curso.
Representantes de ambos os lados se reuniram na segunda-feira (28), a primeira vez desde o início da ofensiva. As conversas aconteceram na região do rio Pripyat, na fronteira da Ucrânia com Belarus, após mediação do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
— Temos que analisar e depois pensar nas perspectivas informadas pelo negociador-chefe russo, Vladimir Medinski — completou Peskov.
De acordo com o porta-voz, "há negociações diretas em andamento entre as delegações russa e ucraniana".
Nesta terça-feira, o ministro russo da Defesa, Sergey Shoigu, afirmou, por sua vez, que a Rússia continuará sua ofensiva no território vizinho "até que os objetivos estabelecidos sejam alcançados".
A Rússia diz buscar a "desmilitarização" e a "desnazificação" da Ucrânia, assim como protegê-los da "ameaça militar criada pelos países ocidentais", frisou o ministro, repetindo palavras enunciadas na segunda-feira pelo presidente Putin.