A companhia russo-alemã Nord Stream 2 declarou falência depois que a Alemanha suspendeu a autorização do gasoduto em retaliação à invasão russa da Ucrânia.
A empresa apresentou um pedido de falência e demitiu seus 106 funcionários, disse nesta terça-feira (1º) o diretor econômico da comuna suíça de Zug, onde ela tem sua sede.
— Fomos informados hoje que essa empresa não poderia continuar — disse o diretor, Thalman-Gut.
A Nord Stream 2 não conseguiu apresentar um plano social "porque está insolvente", acrescentou.
A construção do gasoduto foi defendida durante anos pela ex-chefe do governo alemão Angela Merkel, apesar das pressões dos Estados Unidos, que o via como um meio de o presidente russo, Vladimir Putin, exercer chantagem energética sobre a principal potência econômica europeia.
As manobras de preparação para a invasão da Ucrânia e sua concretização, na semana passada, selaram o destino do gasoduto, que estava pronto para entrar em operação, com capacidade de transporte de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano.
A Alemanha anunciou no início da semana passada a suspensão dessa obra faraônica com a qual esperava realizar sua transição energética.
E, na quarta-feira (23), quando as tropas russas se preparavam claramente para atacar, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que imporia sanções ao gasoduto e seus administradores.
A empresa-mãe da Nord Stream é a gigante russa do setor energético Gazprom.