O presidente Vladimir Putin ordenou neste domingo (27) que as forças de dissuasão nuclear russas sejam colocadas em alerta máximo, em uma dramática escalada das tensões entre a Rússia e o Ocidente em torno da invasão da Ucrânia. A medida coloca as armas nucleares da Rússia em prontidão de lançamento, aumentando os temores de que a invasão possa se transformar numa guerra nuclear.
Até o momento, no entanto, não há indicativos de que Putin tenha planos concretos de utilizá-las. A ameaça vem após os Estados Unidos e a Europa imporem duras sanções contra a Rússia e o próprio Putin.
Falando em uma reunião com seus altos funcionários, Putin afirmou neste domingo que as principais potências da Otan fizeram "declarações agressivas" contra seu país.
- Os países ocidentais não estão apenas tomando ações hostis contra nosso país na esfera econômica, mas altos funcionários dos principais membros da Otan fizeram declarações agressivas sobre nosso país - disse Putin em comentários televisionados.
O presidente russo havia prometido, nesta semana, retaliações contra qualquer nação que interviesse diretamente no conflito na Ucrânia, citando o status de seu país como uma potência nuclear.
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, respondeu às ameaças enquanto participava de um programa de notícias neste domingo:
- O presidente Putin continua a escalar esta guerra de uma maneira totalmente inaceitável. E temos que continuar a condenar suas ações da maneira mais forte possível.