Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, o embaixador do Brasil na Ucrânia, Norton de Andrade Rapesta afirmou que a população no país está "vivendo normalmente". As atividades cotidianas de comércio e cultura, como óperas, apresentações musicais e compras no supermercado não foram afetadas, apesar das tensões militares e das discussões de alto nível.
Rapesta destaca também que a visita de Jair Bolsonaro ao presidente russo, Vladimir Putin não representa nenhuma tensão a mais para a crise geopolítica. Ele ressalta que Brasil e Rússia tem uma relação comercial e diplomática histórica e que não poderia ser desprezada. Além disso, o embaixador também afirmou que o chefe do Executivo aceitou o convite de visitar a Ucrânia e que isso deve ocorrer em breve.
— Essas viagens não são organizadas da noite para o dia, pois levam tempo para serem feitas. Antes do presidente esteve no país (Rússia) o ministro Carlos França em dezembro e janeiro. Temos uma importante relação com a Rússia comercial e econômica. Nosso ministro é competente o suficiente e sabe de todas as injunções. Do meu ponto de vista, essa é uma visita que vai ocorrer de forma tranquila e que vai trazer bons resultados para a balança comercial entre os dois países — destaca Rapesta.
O embaixador também salientou que todas as embaixadas do mundo têm planos de contingência em caso de emergências para evacuar os cidadãos, o que não é diferente na embaixada brasileira. Ele destaca que a comunidade brasileira na Ucrânia, que conta com cerca de 500 pessoas, está em contato através dos principais canais, como e-mail, redes sociais e Telegram.
— Mas como diplomata, eu repito: tudo vai ser resolvido diplomaticamente. A guerra não é interessante para ninguém. Vamos ser positivos — destaca o embaixador.