A Ucrânia acusou a Rússia, nesta sexta-feira (21), de aumentarem suas entregas de armas e outros equipamentos militares para os separatistas pró-Rússia em um momento de tensão crescente ante a possibilidade de uma ação militar por parte de Moscou.
"Os responsáveis pelas Forças Armadas russas continuam fortalecendo as capacidades de combate" dos separatistas no leste da Ucrânia, enviando-lhes tanques, sistemas de artilharia e munições, disse o serviço de Inteligência militar ucraniano em um comunicado.
Em contrapartida, o governo russo exigiu a retirada das tropas estrangeiras da Otan da Bulgária e Romênia, como parte das medidas reivindicadas para avançar em uma desescalada da crise ucraniana.
"Não há ambiguidade", escreveu o Ministério russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, em resposta a uma pergunta escrita por um veículo da imprensa.
"Trata-se da retirada de forças estrangeiras, de material e de armamento, assim como outras medidas, para voltar à situação de 1997 nos países que não eram então membros da Otan. É o caso da Romênia e da Bulgária", completou.
"Não espera avanços"
Serguei Lavrov também afirmou que não espera "avanços" com seu homólogo americano, Antony Blinken, no início de conversas em Genebra para tentar apaziguar a crise ucraniana.
Sentado à sua frente no início da reunião, prevista para durar em torno de duas horas, o secretário de Estado Blinken prometeu uma resposta "unida, rápida e forte" em caso de invasão da Ucrânia, mas garantiu, ao mesmo tempo, que os Estados Unidos ainda buscam uma solução diplomática.