O número de mortos na passagem do tufão mais forte a afetar as Filipinas este ano subiu para 375, informou nesta segunda-feira (20) a polícia, enquanto as autoridades intensificam os esforços para levar alimentos e água às ilhas devastadas.
Ao menos 500 pessoas ficaram feridas e 56 desapareceram na passagem do tufão Rai, que devastou o sul e centro do arquipélago, segundo a polícia. A Cruz Vermelha filipina relatou um "desastre total" nas áreas costeiras atingidas, com casas, hospitais e escolas "destruídas".
Mais de 300 mil pessoas abandonaram suas casas e hotéis de praia. Várias áreas ficaram sem comunicação e sem energia elétrica, enquanto em outros lugares telhados foram arrancados, e postes de luz, derrubados.
— Nossa situação é desesperadora — declarou Ferry Asuncion, um vendedor ambulante da cidade de Surigao, devastada pela tempestade.
Arthur Yap, governador da ilha de Bohol, um popular destino turístico, informou que a localidade registrou 80 vítimas fatais. Nas ilhas Dinagat, o porta-voz da delegação provincial, Jeffrey Crisostomo, disse que o balanço subiu para 10 mortes.
Com os números, o total de mortes registradas no país chega a 375, de acordo com dados oficiais que confirmam que o Rai foi um dos tufões mais violentos a atingir as Filipinas nos últimos anos.
Este balanço pode aumentar, à medida que as agências governamentais avaliem a dimensão do desastre.
O tufão Rai atingiu as Filipinas na quinta-feira (16) com ventos de 195 quilômetros por hora. Milhares de policiais, militares, agentes da Guarda Costeira e bombeiros continuam mobilizados para ajudar nas buscas e resgates nas áreas atingidas.
No sábado (18), Rai se afastou, avançando pelo Mar da China Meridional e, no domingo (19), estava ao largo da costa do Vietnã, movendo-se para o norte.