Sete militares do Azerbaijão morreram em combates contra forças armênias na terça-feira na região em disputa de Nagorno Karabakh, anunciou nesta quarta-feira (17) o ministro azerbaijano da Defesa.
Dez militares do país também ficaram feridos nos confrontos, os mais violentos desde o fim da guerra entre Armênia e Azerbaijão no ano passado.
A Armênia informou o balanço de um soldado morto, 24 desaparecidos e 13 prisioneiro. Também indicou que perdeu duas posições militares, capturadas por Baku.
Após várias semanas de escalada da tensão na fronteira, na terça-feira os combates explodiram entre os militares dos dois países do Cáucaso que disputam o controle da região montanhosa de Nagorno Karabakh.
A Armênia anunciou na terça-feira à noite uma trégua com o Azerbaijão, graças à "mediação" da Rússia. Os países vizinhos negam responsabilidade pelo início dos combates.
Os últimos acontecimentos ilustram o precário equilíbrio no barril de pólvora do Cáucaso, praticamente um ano após o fim do violento conflito de seis semanas em Nagorno Karabakh.
Os combates explodiram apesar da presença na região das forças de paz russas, mobilizadas em novembro de 2020 como parte do cessar-fogo negociado pelo presidente russo Vladimir Putin.
No final do conflito do ano passado, a Armênia se viu obrigada a ceder ao Azerbaijão várias regiões ao redor de Nagorno Karabakh.
Habitada majoritariamente por armênios, a região montanhosa de Nagorno Karabakh se separou do Azerbaijão após a queda da URSS, o que provocou uma primeira guerra na década de 1990 que deixou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados.
* AFP