A Etiópia, onde os rebeldes que lutam contra as forças federais há mais de um ano ameaçar avançar sobre a capital Adis Abeba, anunciou na noite de quinta-feira novas restrições à divulgação de informações sobre a guerra.
Um decreto publicado quinta-feira à noite estabelece que "é proibido divulgar, por qualquer meio de comunicação, qualquer movimento militar (ou) resultante (dos combates) no campo de batalha" que não tenha sido publicado oficialmente pelo governo.
"As forças de segurança adotarão as medidas necessárias contra aqueles que violarem este decreto", continua o texto, possivelmente direcionado aos meios de comunicação e contas em redes sociais que divulgam os avanços reivindicados pelos rebeldes da Frente de Libertação do Povo Tigré (TPLF, por sua sigla em inglês).
A natureza dessas medidas não foi especificada. O governo também proibiu a população de "usar diferentes tipos de plataformas de mídia para apoiar direta ou indiretamente o grupo terrorista", acrescenta, referindo-se à TPLF.
No quadro do estado de emergência declarado no início de novembro, as autoridades já podiam, entre outras coisas, suspender os meios de comunicação suspeitos de "prestar apoio moral direto ou indireto" à TPLF.
O novo decreto também proíbe os apelos por "um governo de transição".
* AFP