O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, prometeu neste domingo (3) "investigar" os cidadãos de seu país envolvidos em uma grande investigação sobre a riqueza oculta de políticos em todo o mundo, depois que membros de seu círculo íntimo foram citados nas reportagens.
A investigação dos chamados "Pandora Papers" - envolvendo cerca de 600 jornalistas, inclusive do The Washington Post, BBC e The Guardian - se baseia no vazamento de cerca de 11,9 milhões de documentos de 14 empresas de serviços financeiros em todo o mundo.
No Paquistão, frequentemente classificado como um dos países mais corruptos do mundo, pessoas próximas a Khan - incluindo ministros de seu gabinete e suas famílias - foram indicados como proprietários secretos de empresas e fundos de milhões de dólares.
"Saudamos os Pandora Papers, que expõem a riqueza ilícita das elites, acumulada por meio de evasão fiscal e corrupção e lavada em paraísos financeiros", disse Khan no Twitter.
"Meu governo investigará todos os nossos cidadãos mencionados nos Pandora Papers e se qualquer delito for constatado, tomaremos as medidas cabíveis. Exorto a comunidade internacional a tratar esta grave injustiça de forma semelhante à crise da mudança climática."
* AFP