Oficiais eleitorais da Alemanha confirmaram na madrugada desta segunda-feira (27) que os social-democratas (SPD) conquistaram 25,9% dos votos e venceram as eleições nacionais do país, enquanto o bloco de centro-direita da atual chanceler, Angela Merkel, obteve 24,1% dos votos.
O SPD foi liderado pelo ministro das Finanças e vice-chanceler Olaf Scholz. A aliança conservadora da União Cristã-Democrata (CDU), de Angela, e o partido aliado bávaro, CSU, liderada por Armin Laschet, conquistaram o segundo lugar na corrida eleitoral, o pior resultado em sete décadas.
Com a contabilização dos votos de todos os 299 círculos eleitorais, os verdes ficaram em terceiro lugar, com 14,8% dos votos, seguidos pelos democratas livres, com 11,5% do total. Os dois partidos já sinalizaram que estão abertos a discutir a formação de uma aliança tripla para governar com qualquer um dos rivais nas duas primeiras colocações.
Na Alemanha não são os eleitores que escolhem diretamente o chefe de governo, e sim os deputados, uma vez formada a maioria. Mas, desta vez, alcançar a maioria será algo especialmente complicado, pois deve reunir três partidos - a primeira vez que isto acontece desde a década de 1950 - devido à fragmentação do voto.
O Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, veio depois dos democratas livres, com 10,3% dos votos, seguido pelo partido de esquerda, que ficou com 4,9%. Pela primeira vez desde 1949, o partido dinamarquês de minoria SSW deve conquistar um assento no Parlamento alemão, de acordo com os oficiais.