O vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, disse neste sábado (4) que espera que o fluxo ilegal de migrantes através das fronteiras orientais da União Europeia (UE) sirva como um catalisador para regras europeias comuns para a migração.
Schinas esteve na Lituânia, cuja fronteira teve um aumento significativo de chegadas ilegais de migrantes de Belarus.
"A situação aqui é outra mensagem para nós na União Europeia: agora é a hora de passar para um referencial europeu de política migratória mais previsível e abrangente", afirmou Schinas a repórteres.
"Este é o momento político de passar de uma operação de combate a incêndios para uma operação de arquitetura", acrescentou.
A Comissão Europeia propôs um novo pacto de migração e asilo em 2020 para estabelecer uma política comum sobre estas questões. Mas as negociações foram paralisadas devido à pandemia de covid-19.
Atualmente, a UE está cada vez mais preocupada com a possível migração em massa a partir do Afeganistão, onde o Talibã tomou o poder em meados de agosto.
Na Lituânia, a migração ilegal disparou este ano: mais de 4.100 pessoas já foram interceptadas na fronteira, contra apenas 81 em todo o ano de 2020.
A UE acusa o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, de ter orquestrado esses fluxos migratórios para a Lituânia, Polônia e Letônia, em retaliação às sanções do bloco devido à repressão contra a oposição após controversas eleições presidenciais.
* AFP