Os ministros europeus de Economia e Finanças aprovaram formalmente, nesta terça-feira (13), os planos de recuperação de 12 países do bloco, incluindo Espanha, França, Itália e Alemanha, embora persistam dúvidas sobre a proposta da Hungria.
Com isso, a União Europeia (UE) implementa gradualmente seu plano de recuperação econômica pós-pandemia. A aprovação formal das propostas nacionais significa que estes 12 países já podem receber o primeiro pagamento das quantias prometidas.
Os pagamentos subsequentes dependerão do cumprimento, por parte dos governos nacionais, das reformas e compromissos assumidos para promover as economias verde e digital da Europa.
A lista de beneficiários conta ainda com Áustria, Bélgica, Dinamarca, Grécia, Letônia, Luxemburgo, Polônia e Eslováquia.
— É o início real do plano de recuperação da UE — disse o comissário europeu de Economia, Paolo Gentiloni, antes de uma reunião dos ministros das Finanças do bloco, em Bruxelas.
Espanha e Itália serão os principais beneficiários do plano, com quase 70 bilhões de euros (em torno de US$ 83 bilhões) em subsídios durante os próximos cinco anos, enquanto a França receberá quase 40 bilhões de euros (US$ 47 bilhões). Apenas dois dos 27 países do bloco — Bulgária e Holanda — ainda não apresentaram suas propostas.
Enquanto isso, a proposta da Hungria se transformou em uma grande dor de cabeça política. A Comissão Europeia ainda não a aprovou, devido a preocupações com o compromisso de Budapeste com o combate à corrupção.
A situação se agravou por uma lei anti-LGBT promovida pelo primeiro-ministro Viktor Orban, que gerou indignação na UE e pressões para que a Comissão tomasse medidas a esse respeito.