O papa Francisco escreveu uma carta ao jesuíta americano James Martin para agradecê-lo por seu trabalho pastoral com as comunidades de fiéis LGBT+, uma mensagem para se distanciar das recentes controvérsias dentro do Vaticano sobre essa questão.
"Quero agradecer por seu zelo pastoral e seu talento para estar perto das pessoas, com a proximidade que Jesus teve e que reflete a proximidade de Deus", diz a carta divulgada nesta segunda-feira (28) no Twitter pelo padre Martin.
Francisco elogiou o religioso por ser "um sacerdote para todos e todas, como Deus é pai de todos e todas", graças à sua capacidade de "proximidade, compaixão e ternura", acrescentou.
Criticado pelos católicos mais tradicionalistas, o padre Martin acaba de organizar uma conferência online em apoio à comunidade LGBT+.
"Rezo pelos vossos fiéis, por todos aqueles que o Senhor colocou ao vosso lado para que os cuide, os proteja e os faça crescer no amor de nosso Senhor Jesus Cristo", conclui a carta papal, cujo tom é muito diferente daquela utilizada pela Congregação para a Doutrina da Fé, que advertiu há dois meses que "não abençoa e não pode abençoar o pecado" da homossexualidade.
A controvérsia sobre a homossexualidade foi alimentada nos últimos meses dentro do Vaticano, com setores internos ultraconservadores que condenam toda abertura e outros que defendem os direitos iguais dos católicos dentro da Igreja, independentemente de sua orientação sexual.