A polícia das Maldivas prendeu duas pessoas em conexão com a tentativa de assassinato do ex-presidente Mohamed Nasheed, que saiu da ala de reanimação do hospital onde foi operado, anunciaram neste sábado (8) autoridades e familiares.
O arquipélago, um destino turístico de luxo, solicitou assistência internacional para a investigação sobre o atentado a bomba de quinta-feira contra Nasheed, que foi o primeiro chefe de Estado eleito democraticamente e que atualmente é o presidente do Parlamento.
A polícia informou que duas pessoas foram detidas, mas não forneceu mais detalhes.
Quatro outros suspeitos vistos quando Nasheed se preparava para entrar em seu carro ainda são procurados.
Uma equipe da polícia australiana e dois membros do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime devem se juntar aos investigadores locais neste sábado.
O político de 53 anos, líder parlamentar do país insular do Oceano Índico, está se recuperando de uma cirurgia de 16 horas para remover estilhaços de seus pulmões, fígado, tórax, abdômen e extremidades, após o ataque na noite de quinta-feira.
A Força Nacional de Defesa das Maldivas (MNDF) disse em seu primeiro relatório sobre o atentado que um explosivo caseiro foi usado.
"O explosivo improvisado foi detonado por controle remoto", informou um funcionário da MNDF a repórteres na capital, Malé.
O presidente Ibrahim Mohamed Solih agradeceu aos médicos de Nasheed por seu trabalho e disse que orava por sua recuperação.
Nasheed pôs fim a décadas de regime de partido único nas Maldivas, tornando-se o primeiro presidente eleito democraticamente em 2008.
Ele também é reconhecido internacionalmente por sua luta contra as mudanças climáticas e a elevação do nível do mar, que ameaça engolir a nação formada por 1.192 ilhas.
* AFP