Determinado a tirar os Estados Unidos da pior crise desde 1930, o futuro presidente, Joe Biden, apresentou na quinta-feira (14) um novo pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão para a economia do país. As medidas precisam de aprovação do Congresso para entrar em vigor.
O pacote contempla, entre outros pontos, o aumento do salário mínimo e da verba para acelerar a imunização contra a covid-19 no país, mais atingido pela pandemia no mundo.
O texto divulgado pelo presidente eleito prevê US$ 50 bilhões para aumentar o número de exames de detecção do coronavírus e US$ 30 bilhões para ampliação do volume de equipamentos de combate à covid-19 (como luvas e máscaras).
Um total de US$ 10 bilhões devem ser investidos para ajudar as indústrias americanas na fabricação de equipamentos. Biden também quer administrar 100 milhões de doses de vacinas em cem dias.
O apoio direto às famílias deve chegar a US$ 1 trilhão. O salário mínimo deve mais do que dobrar, para US$ 15 a hora.
O plano também prevê envio de novos cheques no valor de US$ 1,4 mil por pessoa — contra US$ 600 do atual governo — e a duração do seguro-desemprego, que passará para US$ 400 semanais, será prorrogada até 30 de setembro de 2021.
Para o pagamento de aluguéis e contas de água e energia, estão previstos auxílios de US$ 25 bilhões. Os despejos serão suspensos até 30 de setembro.
Um total de US$ 170 bilhões está previsto para reduzir o número de alunos por classe e permitir que as escolas reabram, comprem plásticos de proteção, melhorem a ventilação e aumentem a capacidade de transporte para reduzir o número de crianças nos ônibus escolares. Um fundo de emergência deve receber US$ 25 bilhões para creches e US$ 15 bilhões para cuidar de crianças mais velhas.
Para ajudar as pequenas empresas a ter liquidez, o plano de Biden prevê US$ 50 bilhões. Cerca de US$ 20 bilhões são planejados para a saúde dos veteranos de guerra.
O financiamento de Estados, cidades e outras comunidades locais é uma das principais questões de desacordo entre republicanos e democratas. Biden quer obter US$ 350 bilhões para permitir que eles paguem funcionários da saúde, bombeiros, policiais e professores.
Por fim, estão previstos cerca de US$ 10 bilhões para modernizar os equipamentos de informática do governo federal e prevenir novos ataques cibernéticos.