Neste sábado (26), o presidente dos Estados Unidos Donald Trump confirmou a indicação da jurista Amy Coney Barrett para a vaga que está aberta na Suprema Corte com a morte de Ruth Bader Ginsburg, aos 87 anos, na semana passada. Agora, o Senado, de maioria republicada, precisa analisar o nome.
Amy tem 48 anos e, diferentemente da progressista Ruth, tem perfil conservador. Integrante do Tribunal de Apelações do 7º Circuito de Chicago, ela estudou na Escola de Direito de Notre Dame em Indiana e trabalhou para o juiz conservador da Suprema Corte Antonin Scalia (1936—2016).
Se o Senado confirmar a escolha, a Suprema Corte terá uma maioria de juízes conservadores: serão seis contra três — antes, com Ruth, eram cinco contra quatro. Católica, Barrett tende a ter uma visão conservadora sobre temas como a legalização do aborto — a jurista chegou a afirmar, em 2013, que a vida "começa com a concepção".
Na tarde deste sábado, durante evento na Casa Branca, Trump afirmou que Amy "vai tomar decisões de acordo com o texto da Constituição como está escrito". O presidente disse que ela atuará em assuntos como a defesa da Segunda Emenda — sobre o acesso às armas — e a liberdade religiosa.
A aprovação do nome de Amy para a vaga não deve ser um entrave, já que os republicanos ainda detêm a maioria dos senadores. Essa é a terceira indicação de Trump para a Suprema Corte — antes, o presidente nomeou Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh.