Dezenas de milhares de partidários da oposição em Belarus compareceram neste domingo (16) em Minsk à "Marcha pela Liberdade", um protesto contra a polêmica reeleição do presidente Alexander Lukashenko.
"Saia!", gritaram os manifestantes em referência ao presidente na Avenida Independência, no centro de Minsk, na maior manifestação no país em uma semana de protestos.
Muitos manifestantes faziam sinais de vitória e exibiam flores e balões. Outros estavam de branco, a cor que virou símbolo do movimento de oposição. Um grupo de paraquedistas veteranos, de uniforme, estava na manifestação.
"Somos contra a violência", "Lukashenko deve responder pela tortura e os mortos", afirmavam os cartazes dos manifestantes, em referência à repressão dos protestos. Os manifestantes caminhavam pelas ruas da cidade com uma bandeira de 100 metros, branca e vermelha, usada para representar a oposição ao regime.
"Viva Belarus", gritavam, enquanto motoristas tocavam as buzinas dos automóveis em demonstração de apoio.
Alguns minutos antes, Lukashenko, de 65 anos e no poder desde 1994, pediu a defesa da independência do país, durante uma manifestação de seguidores em Minsk. No sábado (15), o governante afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, concordou em disponibilizar forças de segurança para "restaurar a ordem" na capital.
Em comunicado, o Kremlin informou que Putin e Lukashenko expressaram esperança de uma resolução rápida para as tensões.