O Twitter informou, neste sábado (18), que os hackers que organizaram o ataque às contas de celebridades e figuras políticas "manipularam com sucesso um pequeno número de funcionários". De acordo com a rede social, os hackers visaram 130 contas e conseguiram sequestrar 45 ao usar ferramentas acessíveis apenas às equipes de suporte interno.
Entre as contas hackeadas, estavam a de líderes políticos, como o candidato presidencial democrata Joe Biden e o ex-presidente Barack Obama, além de grandes empresários, como Jeff Bezos, fundador da Amazon, Elon Musk, chefe da Tesla, e Bill Gates, criador da Microsoft.
A partir das contas invadidas, os hackers enviaram mensagens atraentes incitando os inscritos a enviar bitcoins, uma criptomoeda, em troca do dobro do valor enviado. Segundo sites especializados que registram as movimentações em bitcoins, mas que não permitem que os destinatários sejam rastreados, foram enviados cerca de US$ 100 mil.
O Twitter informou também que, para cada oito dessas contas, os hackers também baixaram dados, que normalmente estão disponíveis apenas para o proprietário do perfil. Nenhuma dessas contas era verificada, ou seja, não tinha o pequeno distintivo que aumenta sua credibilidade e concede certos privilégios aos usuários.
O Twitter também disse que, graças às ferramentas que assumiram o controle, os hackers conseguiram atravessar a barreira da autenticação dupla, que normalmente possibilita proteger uma conta além de uma simples senha.
Essa ação desencadeou um debate sobre a segurança das plataformas sociais alguns meses antes da eleição presidencial de novembro nos Estados Unidos e sobre as possíveis consequências, caso os hackers chegassem a sequestrar a conta de Donald Trump. O presidente americano muitas vezes conduz sua diplomacia no Twitter, com 83,5 milhões de seguidores. A conta @realdonaltrump não foi invadida.