No Chade, não existe mais "um único elemento do Boko Haram", disse o porta-voz do governo chadiano à AFP na segunda-feira, confirmando uma mensagem do presidente Idriss Deby Itno, depois que o governo lançou uma ampla ofensiva contra o grupo jihadista.
"Em toda a área insular, não há um único jihadista", disse o presidente no final de semana da província de Lago, onde viajou em meados de março para liderar uma resposta após um ataque do Boko Haram que matou cem militares.
As autoridades não forneceram detalhes sobre as tropas destacadas ou quantos membros do Boko Haram foram mortos ou detidos, pois ainda estão "coletando informações", disse o porta-voz do governo Oumar Yaya Hissein.
Segundo o presidente, os jihadistas que ainda estão em liberdade "entraram no Níger, na Nigéria e em Camarões".
Assim, os membros do Boko Haram teriam abandonado as ilhotas localizadas no lago Chade, na fronteira entre os quatro países.
Apesar do tom triunfante do governo chadiano, o gabinete do International Crisis Group (ICG) considerou a luta contra o Boko Haram "longe do fim".
Com as 6.000 tropas posicionadas na área do lago Chade antes do ataque de meados de março, "as autoridades chadianas limitaram a margem de manobra para reforçar essas tropas", afirmou o ICG.
O grupo Boko Haram surgiu na Nigéria em 2009, deixando 36.000 mortos e quase dois milhões deslocados no noroeste do país desde então, e estendendo sua presença aos países vizinhos.
* AFP