Os protestos que pedem a saída de líderes do Irã seguiram neste domingo (12). O motivo das manifestações, que ocorrem desde sábado (11), é a queda de um avião ucraniano na última quarta-feira (8). O governo do país admitiu que derrubou, por engano, a aeronave, que deixou 176 pessoas mortas.
De acordo com o comandante das forças aeroespaciais do país, Amir Ali Hajizadeh, o operador do sistema de defesa confundiu o Boeing 737-800 com um míssil inimigo. Ele ainda afirmou que o avião ucraniano voava perto de uma área militar em baixa altitude, e que por isso, foi atingido por um míssil de curto alcance.
As concentrações foram no lado de fora de uma universidade em Teerã, de acordo com vídeos publicados em redes sociais. Também há grupos em outra universidade, a caminho de uma praça da cidade, chamada de Liberdade. Os vídeos também mostram atos em outros municípios. Entre os gritos dos manifestantes, há pedidos de "morte aos mentirosos" e "morte ao ditador". As informações são do The New York Times.
Yevhen Dykhne, presidente da Ukraine International Airlines, disse que os iranianos não forneceram informações sobre possíveis riscos antes da decolagem.
Ainda que o avião tenha caído na quarta-feira, o governo iraniano assumiu a responsabilidade da queda apenas no sábado. O comunicado divulgado na TV estatal diz que as partes responsáveis serão punidas. O presidente iraniano, Hassan Rouhani, chamou o desastre de "erro imperdoável".