Um marinheiro abriu fogo na base naval de Pearl Harbor, no Havaí, nos Estados Unidos, e matou duas pessoas, antes de cometer suicídio nesta quarta-feira (4). As duas vítimas eram funcionários civis do Departamento de Defesa. Um terceiro civil está ferido, mas em condição estável, em um hospital.
O episódio ocorreu perto do Dique Seco No. 2, próximo à entrada sul da base, conhecida por ter sido o alvo de um bombardeio do império japonês em 1941 que provocou a entrada dos Estados Unidos na II Guerra Mundial. O ataque aconteceu três dias antes do 78º aniversário do ataque japonês, que matou 2.403 militares americanos.
— O incidente nos entristece. Nossos pensamentos e orações estão com as vítimas e suas famílias — afirmou o contra-almirante Robert Chadwick, comandante da Região Naval do Havaí, em um comunicado. — A segurança da base, os serviços de investigação da Marinha e outras agências estão investigando o incidente — completou.
— Isto será completamente investigado. Vamos examinar todos os aspectos, incluindo as lições aprendidas e o potencial para segurança adicional — afirmou posteriormente em entrevista coletiva.
O atirador, identificado como um marinheiro designado para o submarino USS Columbia, começou a atirar às 14h30min locais (21h30min de Brasília). A base permaneceu fechada por uma hora e meia. Os nomes das vítimas serão divulgados apenas depois da notificação das famílias.
Duas escolas dentro da base foram fechadas, assim como um centro de ensino próximo. O governador do Havaí, David Ige, declarou que "se une à solidariedade do povo havaiano para expressar nosso pesar por esta tragédia e preocupação com os atingidos pelo tiroteio". Ige assinalou que a Casa Branca ofereceu a assistência das agências federais.
A base conjunta Pearl Harbor Hickam abriga tando a Força Aérea como a Marinha, que mantém no local a Frota do Pacífico. Militares em determinadas funções podem portar armas, mas com as novas regras, os comandantes podem autorizar o transporte de armas de propriedade privada.