O presidente norte-americano, Donald Trump, atacou a ex-embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, Marie Yovanovitch, em publicação no Twitter nesta sexta-feira (15). As críticas foram realizadas enquanto ela respondia às questões dos membros do Comitê de Inteligência do Congresso sobre sua abrupta saída do país do leste europeu.
Segundo ela, a decisão foi tomada após uma "campanha de difamação" liderada pelo advogado pessoal de Trump, o ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani.
Durante o depoimento, no Twitter, Trump escreveu: "Todos os lugares para onde Marie Yovanovitch foi ficaram ruins. Ela começou na Somália, no que isso deu? Logo depois, o novo presidente da Ucrânia falou contra ela em meu segundo telefonema para ele".
Logo em seguida, questionada sobre a postura do presidente, a ex-embaixadora considerou o tuíte "muito intimidador".
O processo
A sessão do Comitê de Inteligência da Congresso é parte do processo de impeachment liderado pelos democratas contra Trump, que pleiteia a reeleição em novembro de 2020. O inquérito foi aberto após uma ligação apontar que Trump pediu ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, que investigasse o ex-vice-presidente Joe Biden por ter suspendido uma investigação contra uma empresa em que seu filho trabalhava
— Fala-se muito sobre o filho de Biden, que Biden interrompeu a investigação e muitas pessoas querem descobrir isso, então o que quer que você possa fazer com o procurador-geral seria ótimo — disse Trump durante a ligação, segundo a transcrição disponibilizada pelo Departamento de Justiça. — Biden saiu por aí se vangloriando de ter impedido a investigação, então, se você puder conferir isso... Parece horrível para mim — disse o presidente dos EUA.
Esta é a quarta vez na história que os Estados Unidos realizam este processo e, até agora, ele nunca foi levado até o fim.