O ex-presidente da Bolívia Evo Morales pediu nesta quinta-feira (14) ao papa Francisco e à Organização das Nações Unidas (ONU) que ajudem a pacificar o país, que vive uma crise institucional. Asilado no México, Morales também condenou o governo dos Estados Unidos por endossar o governo de Jeanine Añez, que assumiu a presidência da República nesta semana.
"Peço que organizações internacionais como a ONU, países amigos da Europa e instituições como a Igreja Católica (...) para nos acompanhar no diálogo para pacificar nossa querida Bolívia", escreveu o ex-presidente em um tuíte. "A violência ameaça a vida e a paz social", acrescentou.
Pouco antes, Morales havia condenado a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, "de reconhecer o governo de fato e autoproclamado pela direita". "Depois de impor (Juan) Guaidó (presidente do Parlamento da Venezuela), ele agora proclama (Jeanine) Áñez (na Bolívia). O golpe que causa a morte de meus irmãos bolivianos é uma conspiração política e econômica que vem dos Estados Unidos", afirmou.
Evo Morales renunciou à presidência da Bolívia no último domingo (10) e denunciou um golpe de estado "político, cívico e policial" contra ele. Horas depois de renunciar, viajou para o México, graças a um asilo político concedido pelo governo de Andrés López Obrador.