O furacão Dorian atingiu as Bahamas neste domingo (1º), com ventos de 295 km/h. As informações são do Centro Nacional de Furacões (NHC), que citou "condições catastróficas" no noroeste do arquipélago e alertou para "destruição extrema das áreas afetadas".
Segundo o NHC, o furacão de categoria 5 (no topo da escala chamada Saffir-Simpson) tocou a terra em Elbow Cay, que faz parte das Ilhas Ábaco, nas Bahamas, às 13h40min no horário de Brasília. Pouco antes, o instituto informou que o Dorian tinha se tornado o "furacão mais violento da história moderna no noroeste das Bahamas". Seu diretor, Jen Graham, garantiu que se trata de "uma situação extremamente perigosa".
Hubert Minnis, primeiro-ministro do arquipélago, pediu para a população se refugiar o mais rápido possível:
— Estamos enfrentando um furacão como nunca vimos antes na história das Bahamas — disse durante uma coletiva de imprensa, segundo o Nassau Guardian.
O político teria começado a chorar em seguida.
— As pessoas ainda estão traumatizadas pelo furacão Matthew (de 2016), mas este é ainda pior — disse à AFP Yasmin Rigby, moradora de Freeport, principal cidade da ilha.
Da Casa Branca, o presidente dos Estados unidos, Donald Trump, pediu vigilância máxima contra este furacão "muito, muito poderoso". O presidente americano também postou um Twitter sobre o fato, pedindo rezas para a população das Bahamas:
Estados Unidos também devem ser atingidos
Depois das Bahamas, o furacão deve se aproximar da costa leste da Flórida, entre a noite de segunda-feira (2) e terça-feira (3). No entanto, é difícil prever com que intensidade atingirá o estado americano após a mudança de trajetória.
— Ele está se deslocando e é muito difícil de prever — afirmou Donald Trump no sábado (31), ao indicar que Geórgia, Carolina do Sul e Carolina do Norte poderiam estar na linha de frente.
Ele disse que, inicialmente, o furacão iria atingir diretamente a Flórida, mas que agora parece se dirigir para a Geórgia e a Carolina do Sul. O presidente ainda firmou que o trajeto do Dorian pode mudar novamente. Trump também cancelou uma viagem à Polônia, no final de semana, para monitorar a situação.
O governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, declarou emergência no estado:
— A força e a imprevisibilidade da tempestade nos obriga a estar preparados para todos os cenários — disse.
O estado de emergência já havia sido declarado na Flórida e em vários condados do estado da Geórgia. A medida permite uma mobilização maior dos serviços públicos estaduais, além de recorrer, em caso de necessidade, à ajuda federal.
Uma evacuação obrigatória foi ordenada nas regiões costeiras de Palm Beach e no condado de Martin, na Flórida. Embora Miami pareça ter escapado da tempestade, os moradores continuam cautelosos, e as autoridades ainda distribuem sacos de areia para controlar as inundações na cidade.
O governador da Flórida, o republicano, Ron DeSantis, pediu aos moradores que "permaneçam alertas":
— Estou de guarda porque ainda pode evoluir, nas 12 ou 24 horas antes de o furacão chegar à costa, tudo pode mudar — disse David Duque, de 30 anos.